Grito na Noite

Hoje fomos despertadas as quatro da manha pelas oracoes da Jamma Majhid (mesquita) de Leh. Apesar de olhar em volta e este local me parecer tibetano - logo maioritariamente budista - aquele chamamento para a oracao claramente demonstra a multitude religiosa de Leh e de toda a India. E aquela prece, um apelo no ceu estrelado dos Himalaias, um grito na noite, fez-me sentir uma vez mais em casa. Para alem disso, o ar de Leh eh extremamente seco: as mucosas tornam-se tao secas que acordamos varias vezes durante a noite para beber agua. O descanso tem sido, portanto, muitas vezes interrrompido. Quando acordamos ja passava das dez e meia - uma reposicao daquele somo teimosamente roubado nas noites anteriores. Ao almoco, arroz com vegetais e muitos naans numa esquina da praca principal de Leh, local a que a Teresa chamou Restaurante "PUSH", pois era a unica inscricao na porta do dito local. Lanche em estilo de "chill-out"no restaurante PEACE - decoracao tibetana. Nesta fase a Teresa aventurou-se nas duas bebidas proibidas, o Lassi e o Cafe, ambos com leite, provavelmente de Yak (Yak...). Devido ao ar rarefeiro, cada passo parece arrastar consigo uma tonelada, que torna os momentos de pausa verdadeiramente essenciais. (aparentemente so eu eh que estou a estou a ter problemas nas subidas, deve ser do peso - do meu, das botas e da mochila...) Ah, deliciem-se com as fotos!